quarta-feira, maio 07, 2008

Foto de Blog ConValor
Enviado por: Galeno Amorim


De letras, cores e idéias
Um livro aberto é um convite para um passeio sem volta. Uma passagem para um mundo de cores que envolve o leitor e o transporta, definitivamente, para o meio de letras e idéias. Protegida pela sombrinha e pela tranqüilidade do livro, a menina da bela imagem ao lado, publicada pelo blog espanhol Con Valor, já embarcou nessa viagem para dentro da história.

PARA REFLETIR

MORTE DEVAGAR
Martha Medeiros

Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.
Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe. Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.

DICAS DE LEITURA




DICAS DA MARÍLIA
(Marília de Andrade Salvá, 13 anos, Maceió-AL)

O Pequeno Príncipe
"O livro é muito bonito, um clássico. Fala sobre um menininho que mora em outro planeta, bem pequenino, e vai fazer uma visita a outros planetas, à procura de um carneiro... É recomendado para todas as idades porque o livro é show." Autor: Antoine de Saint-Exupéry. Editora: Agir.

O Fantástico Mistério de Feiurinha

"Esse livro fala sobre um autor inexperiente que tem de descobrir a história de Feiurinha, para poder salvá-la e também as outras princesas dos contos de fadas."
Autor: Pedro Bandeira.
Editora: FTD.










DICA DO PEDRO HENRIQUE
(Pedro Henrique Dias R. de Oliveira, 12 anos, Rio de Janeiro-RJ)
O Gênio do Crime
"É um livro no qual pessoas colecionam um álbum de figurinhas. O criador do álbum promete grandes prêmios para quem enchê-lo. Mas um cambista, falsificador das figuras, vende avulsamente as figurinhas mais raras. O dono da fábrica de figurinhas, sabendo quantas pessoas completariam o álbum, guarda dinheiro para o prêmio. Mas com o cambista, sua vida fica ruim e ele quase vai à falência. A turma do Bolachão o ajuda, passando por muitas aventuras para prender o cambista."
Autor: João Carlos Marinho. Editora: Global.


FÁBULA

A Mula


Uma mula, sempre folgada, pelo fato de não trabalhar e ainda assim receber uma generosa quantidade de milho como ração, vivia orgulhosa dentro do curral. Era pura vaidade, e comportava-se como se fosse o mais importante animal do grupo. E confiante, falava consigo mesma:
Meu pai certamente foi um grande e Belo Raça Pura. Sinto-me orgulhosa por ter herdado toda sua graciosidade, resistência, espírito e beleza.
Pouco tempo depois, ao ser levada à uma longa jornada, como simples animal de carga, cansada de tanto caminhar, exclama desconsolada:
Talvez tenha cometido um erro de avaliação. Meu pai, pode Ter sido apenas um simples Burro de carga.
Autor: Esopo
Moral da História:
Ao desejar ser aquilo que não somos, estamos plantando dentro de nós a semente da frustração.

sexta-feira, maio 02, 2008

BANHO DE LIVROS

Banho de livros
Local: Espanha
Enviado por: Alexandre Malvestio


A moça da bela imagem ao lado, publicada pelo blog espanhol ConValor, levou a sério a expressão "tomar um banho de livros". Certa de que a leitura é uma janela aberta para o mundo, em qualquer hora e em qualquer lugar, ela não dispensou a companhia das letras nem na hora de relaxar em uma banheira de espuma. E tornou real o que era apenas uma metáfora tomando um verdadeiro banho de palavras, frases e idéias.

FÁBULA


O Asno, a Raposa, e o Leão


O Asno e a Raposa fizeram um acordo, onde um protegeria o outro dos perigos. Assim entraram na floresta em busca de alimento. Não foram muito longe e logo encontraram um Leão.
A Raposa, vendo o perigo iminente, aproximou-se do Leão e lhe propôs um acordo. Ajudaria ele a capturar o Asno, desde que lhe desse a sua palavra de honra, de que ela não seria molestada.
Diante da promessa do Leão, a Raposa atrai o Asno à uma gruta, e dizendo que ali ele estará em segurança, o convence a entrar.
O Leão ao ver já garantido o Asno que está encurralado na gruta, deu um bote e agarrou a Raposa. Mais tarde, quando estava com fome, voltou e atacou o Asno.
Autor: Esopo
Moral da História:O falso amigo convive apenas para tirar algum proveito do outro. Para obter êxito, usará da mentira e da deslealdade. Não respeitará sequer aqueles que chama de aliados. Nunca confie em concorrentes que se dizem amigos.

PARA REFLETIR

A SERPENTE E O VAGA-LUME

Conta a lenda que uma vez uma serpente começou a perseguir um vaga-lume.
Este fugia rápido, com medo da feroz predadora e a serpente nem pensava em desistir. Fugiu um dia e ela não desistia, dois dias e nada...
No terceiro dia, já sem forças o vaga-lume parou e disse à cobra:
- Posso lhe fazer uma pergunta?
- Não costumo abrir esse precedente para ninguém, mas já que vou te devorar mesmo, pode perguntar.
- Pertenço a sua cadeia alimentar?
- Não.- Eu te fiz algum mal?
- Não.
- Então, por que você quer acabar comigo?
- Porque não suporto ver você brilhar!
"Pense nisso e selecione as pessoas em quem confiar."